Agenda
PT | EN

Napoleão Mira e Silly

Castro Verde, 26 jun 2022, 11h

Local Basílica Real de Castro Verde
Entrada livre

Nesta primeira Constelação de 2022, participam o alentejano Napoleão Mira, original de Entradas, e a jovem rapper Silly, que passou a sua adolescência em Serpa.

Em Castro Verde, no último sábado de cada mês, decorrem as Constelações, sessões que reúnem artistas contemporâneos e representantes de práticas tradicionais do Baixo Alentejo. As sessões abordam temas como a oralidade, a fisicalidade e a visualidade, na relação com o Alentejo.
Os convidados não se conhecem, não há um guião definido, não sabemos o que vai acontecer e é esse fator surpresa que nos motiva a construir de forma participativa um momento irrepetível.

Já participaram nas Constelações Tiago Rodrigues (encenador e dramaturgo) com Celina da Piedade (cantora e compositora), Ana Santos (violinista e compositora), Rita Sales e Pedro Bravo (contadores de histórias e mediadores), Cónan Osiris (compositor e cantor) com Os Alentejanos de Serpa (grupo de música tradicional alentejana), Fernanda Fragateiro (artista visual) com Maria da Luz Seixas (arquiteta especialista em taipa), Cláudio Torres (arqueólogo) com Os Espacialistas (arquitetura e artes visuais), Tânia Carvalho (artista multidisciplinar) e Matthieu Ehrlacher (performer) com grupos de cante de Serpa, Olga Roriz (coreógrafa) com Luís Augusto (hortelão), Mónica Calle (atriz e encenadora) com Moços d’Uma Cana (grupo de viola campaniça), Musa paradisíaca (artistas visuais) com António José Guerreiro (moleiro), António Poppe (poeta, performer, artista visual) com Davide e Juvenal Canhoto (músicos ciganos), Surma (compositora e cantora) com As Vozes do Cante (grupo de cante alentejano), Carincur (artista multidisciplinar) com Rui Óscar Teixeira (músico de música tradicional alentejana), Marco da Silva Ferreira (coreógrafo e bailarino) com Manuel Cavaco (apicultor), Filipe Sambado (compositor e cantor) com Pedro Mestre (compositor e cantor de cante alentejano), Mariana Tengner Barros (coreógrafa e performer) com Manuel Pica (artesão), Cláudia Dias (coreógrafa e bailarina) com Os Cantadores do Desassossego (grupo de cante alentejano), João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata (realizadores de cinema) e Hugo Lousa (ornitólogo).


Moderação: Filipe Pratas e John Romão

Napoleão Mira

Napoleão Mira nasceu em Entradas, Castro Verde, em 1956. Vive no Algarve, no concelho de Lagoa, desde 1983.
Fundou e dirigiu, entre 1998 e 2000, a revista «O Trigueirão». Colaborou nos jornais «O Campo», «Diário do Alentejo», «Correio Alentejo» e na revista «30 Dias».
Na música, criou “Pratica(mente)” e “Slides — Retratos da Cidade Branca” para o aclamado disco «Pratica(mente)» de Sam The Kid, seu filho.
Participou com o tema “Subúrbio” no disco «Eu e os Meus» de Dino & The Soulmotion. Integrou o projecto Hip Hop Pessoa por altura do 120º aniversário do nascimento de Fernando Pessoa, recriando e dizendo “Tabacaria”.
Em parceria com Sam The Kid, criou e interpretou, para o primeiro «Festival Silêncio!», o espetáculo «Palavras Nossas».
Em 2010 lançou o livro «Ao Sul», uma compilação das suas melhores crónicas. Participou nos trabalhos discográficos da reconhecida banda Orelha Negra e no esperado CD de Sir Scratch editado em 2012, quando edita o seu primeiro romance intitulado FADO, obra que atingiu uma notoriedade assinalável junto do público.
Em 2014 editou o livro de crónicas, estórias e textos intitulado: De Coração D’Interiores.
Em 2015 criou com o colectivo Reflect a performance de spoken word: 12 Canções Faladas e 1 Poema Desesperado. Participou também nos trabalhos discográficos do colectivo Reflect chamado: Gata, e ainda, na mixtape de Grilocks intitulada: Carisma.
Em 2016 lança o trabalho discográfico em parceria com o colectivo Reflect: 12 Canções Faladas e 1 Poema Desesperado.
2017 é o ano em que é convidado para integrar o projecto Grafonola Voadora.
Em 2018 cria a performance: Manual Prático Para Emoções Fortes. É lançado o seu primeiro livro de viagens intitulado: Olhares – Relatos da Índia. Em parceria com Luis Salvador escreve os textos do livro de fotografia: Luz de Santiago. Integra o colectivo da ASSESTA – participando nos projectos editoriais desta associação de escritores do Alentejo: Água e Alentejo respectivamente.
2020: Fruto da parceria com a Grafonola Voadora, materializa essa cumplicidade com o trabalho discográfico: Lugar Nenhum.

Silly

Silly é o nome artístico de Maria Bentes, açoriana, cresceu entre discos de Sérgio Godinho, José Mário Branco e MPB, e a algazarra de cinco irmãos. Depois, veio para o dourado de Serpa e ganhou uma colher de sotaque. O que não perdeu foi a calma de chegar e o gosto pelo belo. Hoje, tem 22 anos e vive em Lisboa. A música habitou no seu espaço desde cedo, mas foi há pouco tempo que decidiu abrir caminho para nos mostrar o que tem andado a experimentar.
“Viver Sensivelmente” trouxe à música portuguesa as palavras sussurradas de Silly, que soam mais alto que muitos gritos. A fábula de uma rapariga encantada pelo verbo que acabou a trabalhar com gente grande e a prometer feitos ainda maiores. Um daqueles casos que acontecem de tempos a tempos e anunciam longa vida como os iogurtes. Apresentou-se ao mundo com 5 faixas em novembro do ano passado e, desde aí, somos embalados por temas tão leves quanto intensos, repletos de metáforas que nos mostram o mundo pelos olhos da artista, numa mescla perfeita de instrumentos, como o piano e a guitarra, abraçados por sonoridades electrónicas, de forma muito orgânica e experimental.

Fica a par das nossas novidades

Subscreve a nossa newsletter