Pelo terceiro ano consecutivo, a aposta do Festival Futurama revela-se cada vez mais uma aposta ganha e que dá frutos. As várias gerações das comunidades locais de Serpa, Mértola e Beja, responderam à chamada e participaram de uma programação vasta, diversificada e inclusiva.
Em números, 35 artistas e coletivos estiveram presentes em 22 eventos, que se realizaram em 16 espaços de três municípios diferentes. No total, mais de 2.800 pessoas foram contagiadas pelas diferentes expressões artísticas. Entre os dias 27 de setembro e 12 de outubro, houve workshops de dança, performances teatrais, concertos, conversas, mais uma instalação de arte pública e uma exposição/caminhada que perduraram para além da cronologia do festival.
De realçar o diálogo que se estabeleceu entre artistas locais, criadores nacionais e internacionais, encurtando caminho entre Portugal e Espanha, em palco inéditos. Mas também, e sobretudo, o impacto das várias atividades junto das comunidades locais. Para além da entrada livre, para todas as gerações em todos os eventos, houve ainda oportunidade para estabelecer pontes com a comunidade cigana, Na Dança dos Corpos Livres que a coreógrafa Piny levou ao Bairro da Esperança em Beja, e com a comunidade migrante - através do projeto Malas de Esperança, que juntou a artista visual Maria Imaginário aos alunos da Escola secundária Diogo Gouveia de Beja.
A vertente educativa do festival, que levou artistas às escolas e estudantes aos espaços culturais, ficou ainda vincada em Mértola, com Os Espacialistas a desenvolverem uma exposição/jogo/caminhada com os alunos do curso de Gestão Cinegética - Caça, Agricultura e Natureza da Escola Profissional ALSUD sob o título Caça Palavras: Caçar, Semear e Falar. E em Serpa, onde a coreógrafa Filipa Francisco e a turma 10º B da Escola Secundária nos levaram a questionar Para Onde Vamos? Já a coreógrafa bejence Márcia Lança regressou a casa para inspirar os Embaixadores Futurama, num momento participativo comunitário que, a partir da necessidade de barulho, trouxe ao de cima o caráter revolucionário dos afetos.
Foi "resplandecente" o balanço que o diretor artístico John Romão, fez da 3ª edição do Festival Futurama. E avançou: "estamos empenhados em continuar a construir um espaço seguro e integrado para o desenvolvimento das práticas artísticas contemporâneas no Baixo Alentejo, através de um profundo diálogo com o património humano e cultural local, que envolva, sensibilize e empodere as comunidades."

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