Beja foi palco da "estorrina do calor" do Festival Futurama: no último fim de semana, as temperaturas subiram com as propostas derradeiras desta edição, num remate banhado em calor humano e artístico, com o envolvimento de várias diferentes linguagens, estéticas, emoções e tempos.
"Mundos Interiores", performance de Ana Borralho & João Galante com estudantes da Escola Secundária Diogo Gouveia, e o workshop de Clara Andermatt no Bairro das Pedreiras reviveram verdades das quais já sabíamos: é com os mais jovens que podemos conjurar os mais surpreendentes e inventivos futuros. "Insularidade", nova criação da artista cabo-verdiana Jacira da Conceição, espalhou pela Igreja de Santo Amaro e pelas ruas de Beja as imagens de um mundo sustentado não pelo Atlas mitológico que conhecemos, mas, sim, por uma mulher real, trabalhadora, racializada, e vinda do continente africano. Com os novos projetos de Rui Catalão e Roxana Ionesco, mergulhámos nos traços das nossas próprias histórias e intimidades. À noite de sábado, para encerrar em grande o Festival, a força do Cante Alentejano, com o concerto Cantexto, e a força performática (e pedagógica!) das Trypas Corassão juntaram todas as gerações no Jardim Público de Beja para celebrar a diversidade que o presente e o futuro comportam.
Agradecemos a toda comunidade de artistas, parceiros e o público presente. O Festival chegou ao fim, mas o Baixo Alentejo continua a ser casa para uma série de propostas, residências artísticas e encontros dinamizados pelo Futurama ao longo do ano. #wehaveseenthefurure e foi inesquecível!