Capicua, Cristina Taquelim e Pedro Horta
Beja, 31 jul 2022, 11h
Local Jardim Público de Beja
Entrada livre
Inauguramos as Constelações em Beja com uma conversa entre a rapper e escritora Capicua, a contadora de histórias Cristina Taquelim e o ativista ecológico Pedro Horta.
No último fim-de-semana de cada mês decorrem as Constelações, sessões que reúnem artistas contemporâneos e representantes culturais do Baixo Alentejo para um momento de diálogo e de experimentação. Nesta sessão são alguns os pontos de ligação entre os convidados. Capicua é conhecida pela sua escrita politicamente ativa. Embora mais conhecida pela escrita de canções, estreou-se recentemente na escrita para teatro com "A Tralha" (2021), peça que fala de desperdício e da nossa relação com os objectos, e estreou-se também na escrita de canções para crianças com o livro-disco "Mão Verde" (2022). Cristina Taquelim tem um longo e ativo percurso de promoção da leitura e de coordenação de programas de leitura, além da apresentação de diversas comunicações em colóquios e congressos. Pedro Horta desenvolve há cerca de 11 anos um ativismo consciente na região do Alentejo, ligado à ecologia sustentável e à construção coletiva de um habitat humano com futuro.
Junta-te a nós no Jardim Público de Beja e participa neste encontro único.
Capicua
Capicua nasce no Porto nos anos 80, descobre a cultura Hip Hop nos anos 90 e torna-se Rapper nos anos 00. Socióloga de formação, é conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. Com uma vasta discografia, conta já com um percurso sólido no panorama da música lusófona: duas mixtapes, três álbuns em nome próprio e um disco de remisturas, um disco-livro para crianças em parceria com Pedro Geraldes, um disco luso-brasileiro em coletivo e um EP ao vivo. Na última década, tem somado intensos concertos, conquistando um público muito diverso e o reconhecimento da crítica, tem acumulado colaborações com vários artistas da lusofonia, e participado diversas conferências, workshops e projetos sociais. De assinalar é também o seu aclamado percurso como letrista e a sua atividade como cronista na Revista Visão.
Cristina Taquelim
Cristina Taquelim (Lagos, 1964) é mediadora de leitura e contadora de histórias. Licenciada em Psicologia Educacional e Bibliotecária, foi até Fevereiro de 2020 técnica da Biblioteca Municipal de Beja José Saramago, instituição onde durante 30 anos coordenou o Serviço de Mediação da Leitura, o projecto Palavras Andarilhas, o programa de leitura em Meio Rural , entre outros. É formadora acreditada pelo CCPFC na área da promoção da leitura. Tem apresentado diversas comunicações em colóquios, congressos e dinamizado acções de formação para outros mediadores – bibliotecários, técnicos de bibliotecas, narradores, docentes e pais. Integrou a equipa do projecto Gulbenkian Casa da Leitura. Colaborou com a Universidade Católica na Pós Graduação de Livro Infantil. Desenvolve actividade enquanto narradora oral desde 1995 e nessa qualidade tem participado em diversos encontros em diversos países. Tem obras de literatura de recepção infantil publicadas no Brasil e em Portugal de onde destaca “Corrupio” pela Editora Lê (Br.2017), e “Avó de Coração” (Pt. 2019) e “Teodora e o Mistério dos Cachapins”(Pt. 2020) pela Ed. Zero a Oito. Acredita que ler e contar são formas de desenhar janelas para a diversidade das linguagens do mundo. Também as do mundo interior. É sócia Fundadora da Associação Ouvir e Contar e da Chão Nosso CRL, Cooperativa Cultural sediada em Beringel.
Pedro Horta
Nasceu em Beja, mas só há cerca de 11 anos começou um caminho de ativismo consciente na região do Alentejo. Foi um dos fundadores do Eco-Comunidades na Planície, grupo de cidadãos que organizou várias atividades com o objetivo de fazer convergir pessoas e gerar ideias sobre a construção coletiva de um habitat humano com futuro. Este grupo fez três edições do Eco-Festival no Jardim Público de Beja, lançou ciclos de Eco-Filmes e várias iniciativas de capacitação. Hoje faz parte do Domínio de Agroecologia do GAIA Alentejo e do grupo de trabalho de Agricultura, Florestas e Biodiversidade da associação ZERO. É um eterno estudante das coisas e dos espaços, praticante do cultivar e do ser cultivado.