Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho com a Orquestra de Percussão Rufar e Bombar | Arruada
Beja, 12 out 2024, 20h15; 22hh
Local Castelo de Beja
Entrada livre
A arruada inédita, encomendada pelo Futurama, ressoa profundamente com o espírito do festival e do Baixo Alentejo. As ruas de Beja e de Serpa serão palco de um encontro sonoro extraordinário: o Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho (Serpa), com os seus 24 chocalhos, estabelece um diálogo harmonioso com os tambores do Grupo de Percussão Rufar e Bombar (Beja). Esta arruada consiste numa caminhada sonora que cruza as tradições e os ritmos que definem a identidade cultural do Baixo Alentejo.
Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho, com o seu ritmo, traje e som característico, são símbolos da rica herança folclórica local. Já os tambores de Rufar e Bombar trazem uma energia vibrante e contemporânea às ruas das cidades, com os seus elementos intergeracionais. Juntos, os dois grupos criam um ritmo sonoro e visual que ecoará pelas ruas históricas, unindo a tradição e experimentação num diálogo musical que celebra o espírito colaborativo do Futurama e a riqueza cultural da região.
A arruada não é apenas uma festa para os ouvidos, mas uma manifestação da coesão comunitária. Ela reflete o trabalho e a dedicação das comunidades envolvidas, e, ao mesmo tempo, faz um paralelo com o conceito de “trabalho e dias” que inspira esta 3ª edição do festival. Tal como a agricultura molda a terra e dá vida ao campo, esta colaboração musical molda e dá vida à paisagem sonora do Baixo Alentejo, criando um espaço onde passado e presente se encontram e se cruzam.
DUAS ARRUADAS EM BEJA
ARRUADA 1
Ponto de encontro: 20h15, Portas de Mértola
Percurso: Portas de Mértola - Jardim do Bacalhau - Largo de Santa Maria
Duração do percurso: 30 min
Assista, logo de seguida, às 21h, na Igreja de Santa Maria, à performance de voz e movimento "Voltar Voltar" com o Coro de Câmara de Beja, com direção artística dos artistas espanhóis Aurora Bauzà & Pere Jou. Esta performance repete às 22h30.
ARRUADA 2
Ponto de encontro: 22h, Praça da República
Percurso: Praça da República - Pax Julia - Largo de Santa Maria
Duração do percurso: 30 min
Assista, logo de seguida, às 22h30, na Igreja de Santa Maria, à performance de voz e movimento "Voltar Voltar" com o Coro de Câmara de Beja, com direção artística dos artistas espanhóis Aurora Bauzà & Pere Jou.
O Grupo Folclórico Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho, foi fundado a 1 de novembro de 1994, pelo Sr. Bento Sargento, em Vila Verde de Ficalho, concelho de Serpa. Assinalam-se 30 anos de atividade deste coletivo artístico em 2024.
Trata-se de um grupo masculino, com idades compreendidas entre 20 e 80 anos, integrando a sonoridade de 24 chocalhos diferentes e um conjunto de 3 esquilas (um colete formado por guizos, colocados à cintura). A sua atividade consiste em arruadas, ou seja, percursos que acontecem habitualmente em contextos de festividades, feiras e festivais. Trata-se de uma tradição local que Os Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho têm vindo a apresentar em diferentes geografias locais e nacionais, como Vila Verde de Ficalho, Serpa, Borba, Alpedrinha, Entradas ou Alcoutim.
A sua primeira atuação foi num comício em Beja, com uma atuação informal que se tornou cada vez mais séria, ao surgirem diversos convites para fazerem as suas arruadas. Foi então quando o coletivo começou a investir na sua estrutura, adquirindo alguns chocalhos e recebendo outros, oferecidos pela Câmara Municipal de Serpa, e aprofundando assim a sua atividade.
A Orquestra de Percussão Rufar e Bombar é resultante da Oficina de Percussão criada em outubro de 2014, numa parceria entre a União de Freguesias de Santiago Maior e São João Baptista, concelho de Beja, e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja. O objetivo foi criar um grupo de percussão, de rufos e de bombos cujo ensino da música é gratuito e os instrumentos são propriedade da Oficina de Percussão. As aulas tiveram início na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja, com um grupo restrito de alunos, com a orientação musical de João Paulo Sousa. Posteriormente, passaram a funcionar na Casa do Povo do Penedo Gordo e nesta altura verifica-se um aumento do número de alunos, o que levou à Oficina de Percussão poder participar em alguns eventos da nossa cidade, com animação de rua e de feiras. No final do ano de 2015 as aulas passam a ser frequentadas num espaço dentro do agrupamento Escolar Mário Beirão, em Beja, quando há um aumento significativo do número de alunos participantes. Em 2016, a Oficina de Percussão começou a funcionar em sede própria, situada no Estádio Municipal Flávio dos Santos, em Beja. Neste momento tem mais de 60 tocadores e continua com a orientação musical de João Paulo.