Em janeiro, Filipa Francisco perguntou a estudantes de Serpa e Beja "O que é isso do contemporâneo?". O que é isso que nasce e vibra entre a arte e a vida? O que é isso que um trabalho tão íntimo e subjetivo é capaz de mover e despertar coletivamente?
Agora, a coreógrafa e performer viaja novamente a Serpa para uma residência artística com estudantes da Escola Secundária, experimentando no corpo várias partituras das suas peças e propondo reflexões sobre a liberdade e a democracia. Será a dança uma revolução?
O processo culminará numa partilha pública durante o Festival Futurama.
Filipa Francisco acredita que a dança pode ser um motor de mudança e, por isso, tem desenvolvido vários projetos em relação com diferentes comunidades, sempre atenta aos direitos humanos e às individualidades de cada pessoa ou coletivo. Com formação em dança, teatro, improvisação e dramaturgia, já colaborou com os coreógrafos e encenadores Francisco Camacho, Vera Mantero, Silvia Real, entre outros. Como criadora ou co-criadora, apresentou diversos espetáculos que circularam por festivais portugueses e estrangeiros, como "Nu Meio", "Leitura de Listas" (com André Lepecki), "Dueto" (com Idola Zabaleta) e "Para onde vamos?" (com António Pedro). É diretora artística da associação Mundo em Reboliço e faz parte do grupo Periferias Centrais.